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Produtores rurais mantêm apoio a Milei, mas cobram mais reformas
Em La Buena Moza, no noroeste da província de Buenos Aires, a colheita de laranjas para exportação avança a todo vapor e a soja está pronta para embarcar, mas há impaciência: os produtores pedem mais reformas ao presidente da Argentina, Javier Milei.
"Um ano e meio depois, a eliminação de impostos segue pendente. Os custos continuam muito altos para exportar", relata Rubén Artigues, da terceira geração de produtores de frutas e hortaliças de San Pedro, 170 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires. "Mesmo assim, continuamos apoiando" o presidente, explica.
A paciência é medida no peso econômico dos produtores. Alguns, como Artigues, perderam este ano 30% da colheita de laranjas e pêssegos devido às geadas, outros armazenam soja em silos à espera de um melhor preço internacional.
Com Milei, esperavam para este ano menos impostos e taxas menores para financiamentos, mas nada disso aconteceu.
O governo reconheceu a insatisfação e anunciou na semana passada uma redução tributária sobre a exportação de carnes e grãos, com as eleições legislativas de outubro à vista.
A soja, principal produto de exportação, passou de 33% para 26% de impostos. As carnes bovina e avícola, de 6,7% para 5%.
"É insuficiente, mas ajuda. Estamos conscientes de que não é possível eliminar os impostos de uma vez, mas pedimos um plano", diz Artigues.
Em 2024, as exportações da cadeia agroindustrial representaram 58% do total de exportações deste país, um dos principais produtores de alimentos do mundo.
- "Purgatório" -
"Estávamos no inferno e agora subimos para o purgatório", definiu à AFP Raúl Vítores, presidente da Sociedade Rural de San Pedro, sobre o corte de impostos.
Desde que Milei assumiu o poder, as melhorias no setor chegaram a conta-gotas em um contexto de aperto financeiro do governo, que ampliou um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional e depois pediu uma dispensa por não cumprir as metas de acúmulo de reservas.
Os produtores valorizam a eliminação parcial do controle cambial, a redução da inflação e o equilíbrio fiscal, meta absoluta do Executivo ultraliberal. Mas lembram que, em sua campanha presidencial em 2023, o mandatário havia definido os impostos às exportações como "um roubo" e prometeu eliminá-los.
No fim de julho, na feira anual deste setor, o presidente condicionou esta meta ao equilíbrio fiscal, vetando leis que visavam melhorar o orçamento universitário ou aumentar as aposentadorias e pensões por invalidez.
"Sabemos que a situação é difícil. Mas enviar uma caixa de laranjas de um porto argentino nos custa 40% mais do que para nossos concorrentes de Chile, Uruguai ou África do Sul. O custo do papelão também ficou mais caro em dólares", afirma Artigues.
A fazenda deste produtor é frequentemente alvo de roubos e saques durante a noite.
"Entre a criminalidade e a falta de incentivos, o produtor se cansa, muitos abandonam e alugam os campos para [o cultivo de] soja. É uma pena, porque a fruta gera muitos empregos, a soja não", explicou Artigues, que emprega cerca de 120 pessoas.
- Da motosserra ao bisturi -
Os agropecuaristas apoiam a política de ajuste de Milei, que eliminou milhares de empregos no setor público, mas pedem salvaguardas em áreas sensíveis para o setor, como infraestrutura e pesquisa.
O presidente da Sociedade Rural Argentina, que reúne os grandes proprietários de terras, havia alertado que "não é viável aumentar a produção se não houver estradas, ferrovias ou vias navegáveis para retirá-la".
Desde que assumiu, Milei paralisou as obras públicas, incluindo a manutenção de mais de 40.000 km de estradas nacionais em um país onde 90% do transporte de cargas é feito por rodovias.
"Antes de Milei havia muito desenvolvimento, populismo, mas é verdade que as estradas são um desastre", disse à AFP o engenheiro agrônomo Federico Ávila, que administra mais de 2.500 hectares em San Pedro com cultivos e criação de gado.
Ele também defendeu que a "motosserra" do presidente "passe com cuidado de bisturi" no Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA).
"Talvez não seja a velocidade [das reformas] que gostaríamos, mas é preciso ver de onde viemos, com 200% de inflação", resumiu.
W.Nelson--AT