-
Lula: se acordo UE-Mercosul não for aprovado 'agora', não será 'enquanto eu for presidente'
-
EUA envia militares ao Equador para combater o narcotráfico
-
Itália e França esfriam expectativa de assinatura do acordo UE-Mercosul no Brasil
-
Trump faz discurso televisionado para convencer os EUA de que 'o melhor ainda está por vir'
-
Seleção campeã da Copa de 2026 receberá prêmio de US$ 50 milhões
-
Venezuela afirma que exportações de petróleo continuam 'normalmente' após bloqueio de Trump
-
Luis Suárez renova com o Inter Miami por mais uma temporada
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e favorece proposta da Netflix
-
Starmer pressiona Abramovich a transferir dinheiro da venda do Chelsea para Ucrânia
-
María Corina Machado já saiu de Oslo, anuncia fonte próxima
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e dá preferência à proposta da Netflix
-
Foguete Ariane 6 completa com sucesso lançamento de dois satélites Galileo
-
Putin diz que Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia 'sem nenhuma dúvida'
-
Geração perdida da Ucrânia vive aprisionada em um 'eterno lockdown'
-
Museu do Louvre reabre parcialmente, apesar da greve
-
AIE: consumo mundial de carvão vai bater novo recorde em 2025
-
Ex-chefe de polícia neozelandês condenado à prisão domiciliar por pedofilia
-
Atentado em Sydney: atirador é acusado de 'terrorismo'
-
New York Knicks derrota San Antonio Spurs e conquista a Copa da NBA
-
Filho de Rob Reiner recebe duas acusações de homicídio pela morte dos pais
-
CCJ do Senado analisa PL da Dosimetria
-
Trump anuncia bloqueio de 'petroleiros sancionados' que entrem ou saiam da Venezuela
-
EUA renova alerta sobre tráfego aéreo na Venezuela
-
Austrália realiza primeiro funeral após ataque em Sydney
-
Presidente da Costa Rica evita novo processo que buscava sua destituição
-
Presidente do México critica declaração de Trump sobre fentanil
-
Filho de Rob Reiner enfrentará duas acusações de homicídio pelo assassinato dos pais
-
Médico que forneceu cetamina a Matthew Perry é condenado a prisão domiciliar
-
Ataques de guerrilha deixam ao menos 4 policiais mortos na Colômbia
-
Trump tem 'a personalidade de um alcoólatra', diz sua chefe de gabinete
-
Venezuela denuncia ao Conselho de Segurança 'roubo' de petróleo pelos EUA
-
Chelsea elimina time da 3ª divisão e vai à semifinal da Copa da Liga Inglesa
-
Kast apoia 'qualquer situação que acabe com ditadura' na Venezuela
-
Produções de Brasil e Argentina entram na pré-lista do Oscar
-
Neymar em 2025: gols importantes, lesões e futuro sempre em debate
-
Um 2025 de puro futebol que quebrou todos os paradigmas
-
Macron enfrenta pressão para adiar assinatura de acordo UE-Mercosul
-
Organização dos Jogos de Inverno enfrenta 'problema técnico' para produzir neve artificial
-
Fifa anuncia ingressos para Copa do Mundo de 2026 a US$ 60
-
Senadores dos EUA interrogam funcionários de Trump sobre ataques no Caribe e no Pacífico
-
Cruzeiro anuncia Tite como novo técnico
-
Parlamento francês suspende impopular reforma da Previdência de Macron
-
Adolescentes se tornam 'escravos' do narcotráfico na França
-
Dembélé e Bonmatí recebem prêmio The Best da Fifa
-
Milei recebe Kast em primeira viagem ao exterior do presidente eleito do Chile
-
UE flexibiliza proibição da venda de carros a gasolina e diesel a partir de 2035
-
Tênis masculino implementará nova regra contra o calor extremo
-
'Teremos armas para neutralizar o ataque do PSG', diz Filipe Luís
-
Irã nega exame médico independente à Nobel da Paz detida Narges Mohammadi
-
Marquinhos está recuperado para enfrentar o Flamengo, diz Luis Enrique
Harvey Weinstein, o 'deus' de Hollywood que caiu em desgraça por causa do #MeToo
Durante anos, ele foi um dos produtores independentes mais visionários e poderosos de Hollywood, temido, venerado e até mesmo chamado de "deus" em uma ocasião pela atriz Meryl Streep.
Quando caiu em desgraça em 2017 devido a acusações de estupro que abriram o bueiro sobre o abuso sexual generalizado em Hollywood e além, as ondas de choque foram sentidas em todo o mundo.
O movimento #MeToo tinha acabado de surgir e, com ele, milhares de mulheres decidiram falar, revelando práticas frequentes, não apenas no mundo do cinema, mas também no trabalho, nas ruas e nos transportes.
Atrizes como Ashley Judd, Gwyneth Paltrow, Kate Beckinsale, Uma Thurman e Salma Hayek o acusaram de assédio ou agressão sexual. Asia Argento, Rose McGowan e Paz de la Huerta, de estupro. Mira Sorvino e Ashley Judd garantem que ele acabou com suas carreiras porque não cederam diante de seu assédio.
Weinstein, que nunca pediu perdão nem demonstrou arrependimento, sentiu-se vítima de uma caça às bruxas do movimento #MeToo, que ele comparou com a perseguição de comunistas impulsionada pelo senador americano Joseph McCarthy durante a Guerra Fria.
"Fui o primeiro exemplo e agora há milhares de homens sendo acusados. Estou preocupado por este país", afirmou.
Sua condenação por um tribunal de Manhattan a 23 anos de prisão, que selou a queda em desgraça do outrora todo-poderoso produtor, foi anulada nesta quinta-feira (25) por um tribunal de apelações por problemas de forma, e ordenou um novo julgamento.
"Com a decisão de hoje, este tribunal [de apelações] segue frustrando os avanços constantes pelos quais as sobreviventes da violência sexual têm lutado em nosso sistema de justiça penal", lamentou a magistrada Madeline Singas, que votou contra a decisão de anular a condenação, aprovada por 4 votos a 3.
- 'Monstro' -
Muitas mulheres contaram que o irascível e impaciente Weinstein marcava reuniões em quartos de hotel, onde as recebia de roupão e as convidava a dar ou receber massagens e a vê-lo se masturbar.
O corpulento ex-produtor foi julgado criminalmente apenas pelas duas acusações que não prescreveram: sexo oral forçado na ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006, e o estupro da ex-atriz Jessica Mann em 2013.
Em dezembro de 2022, outro tribunal da Califórnia o declarou culpado de violentar uma mulher em um hotel de Beverly Hills. Dois meses depois, um juiz o condenou a passar 16 anos na prisão.
"Durante anos foi meu monstro", escreveu a atriz mexicana Salma Hayek, relatando o que vivenciou durante as filmagens de "Frida" em 2002. Ela sempre dizia não a suas investidas, mas Weinstein respondia com "ira maquiavélica" e ameaçava matá-la.
Das cinzas do império que construiu nasceram movimentos como #MeToo e Time's Up, que incentivaram dezenas de milhares de mulheres de todo o mundo a denunciar nas redes sociais homens poderosos que tinham abusado delas ou as assediado, e provocaram uma mudança cultural de atitude: tolerância zero para este tipo de conduta.
- O escândalo -
Foi uma grande investigação sobre comportamento sexual indevido publicada pelo jornal The New York Times em 5 de outubro de 2017 - que inspirou o filme "Ela Disse" - e outra reportagem da revista The New Yorker que destamparam o bueiro do escândalo que acabou com sua carreira, seu casamento e sua reputação.
O ex-produtor foi expulso da Academia de Cinema dos Estados Unidos e de sua própria empresa, The Weinstein Company (TWC).
Em novembro de 2017, um mês depois de o escândalo vir à tona, Weinstein se internou em um centro de reabilitação para tratar seu vício em sexo.
Sua segunda esposa, a estilista britânica Georgina Chapman, com quem teve dois de seus cinco filhos, pediu o divórcio.
- O rei do Oscar -
Nascido no Queens em 19 de março de 1952, filho de um lapidador de diamantes, Weinstein estudou na Universidade de Buffalo e, inicialmente, produziu shows de rock com seu irmão Bob.
Os dois cofundaram seu primeiro estúdio de cinema, Miramax, em 1979. Seus sucessos incluíram "Sexo, Mentiras e Videotape", de Steven Soderbergh (1989), e "Shakespeare Apaixonado" (1998), ganhador de sete estatuetas, incluindo a de melhor filme.
A Miramax também produziu o primeiro sucesso de Quentin Tarantino, "Pulp Fiction: Tempo de Violência" (1994) e "O Paciente Inglês" (1997, nove Oscars).
O estúdio foi vendido à Disney em 1993 e os irmãos deixaram a empresa em 2005 para fundar a Weinstein Company.
Ao longo dos anos, os filmes de Weinstein receberam mais de 300 indicações ao Oscar e 81 estatuetas.
Weinstein chegou a um acordo de 25 milhões de dólares (cerca de R$ 130 milhões na cotação atual) com mais de 30 atrizes e ex-funcionárias que o processaram. A conta será paga por sua ex-companhia e empresas de seguros.
K.Hill--AT