-
Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7% (IPC)
-
Moderação, liberdade de tom e descanso às terças: papa Leão XIV consolida seu estilo
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustíveis
-
O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul
-
Divergências na UE ameaçam assinatura do acordo com o Mercosul
-
Peter Arnett, repórter vencedor do Pulitzer, morre aos 91 anos
-
UE debate uso de ativos russos para ajudar a Ucrânia
-
Justiça francesa condena à prisão perpétua anestesista que envenenou 30 pacientes
-
Premiê australiano promete erradicar ódio; país lamenta morte da vítima mais jovem do atentado de Sydney
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustívei
-
Camboja acusa Tailândia de bombardear área de fronteira; China tenta mediar conflito
-
Trump promete 'boom econômico' em 2026 para aplacar impaciência dos americanos
-
Governo dos EUA admite responsabilidade em colisão aérea que deixou 67 mortos
-
Jogador do Barcelona de Guayaquil é assassinado no Equador
-
Maiores destaques do esporte feminino em 2025
-
Diogo Jota, Geirge Foreman... as lendas que deixaram o esporte de luto em 2025
-
Luis Enrique elogia Filipe Luís: 'Tem nível para treinar na Europa'
-
Congresso do EUA põe fim às sanções contra a Síria
-
Real Madrid sobrevive contra time da 3ª divisão e vai às oitavas da Copa do Rei
-
Trump acompanha retorno de corpos de soldados mortos na Síria
-
Cresce o número de vítimas de minas terrestres na Colômbia
-
Amazon lança trailer de seu documentário sobre Melania Trump
-
Golaço de Cherki coloca City na semifinal da Copa da Liga Inglesa
-
Polícia procura segunda pessoa após ataque em universidade dos EUA
-
Como o bloqueio dos EUA impacta o petróleo da Venezuela?
-
PSG vence Flamengo nos pênaltis e é campeão da Copa Intercontinental
-
Plano de gastos de Trump receberá novas doações milionárias
-
Oscar será transmitido exclusivamente pelo YouTube a partir de 2029, diz Academia
-
Filho do cineasta Rob Reiner se apresenta à justiça pelo homicídio dos pais
-
Congresso do EUA aprova lei de defesa que desafia retórica de Trump sobre Europa
-
Copa abre nova rota para cidade venezuelana de Maracaibo
-
Congresso do Peru cede a protestos e amplia prazo para formalizar mineração artesanal
-
Zelensky diz que Rússia faz preparativos para novo 'ano de guerra'
-
Lula: se acordo UE-Mercosul não for aprovado 'agora', não será 'enquanto eu for presidente'
-
EUA envia militares ao Equador para combater o narcotráfico
-
Itália e França esfriam expectativa de assinatura do acordo UE-Mercosul no Brasil
-
Trump faz discurso televisionado para convencer os EUA de que 'o melhor ainda está por vir'
-
Seleção campeã da Copa de 2026 receberá prêmio de US$ 50 milhões
-
Venezuela afirma que exportações de petróleo continuam 'normalmente' após bloqueio de Trump
-
Luis Suárez renova com o Inter Miami por mais uma temporada
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e favorece proposta da Netflix
-
Starmer pressiona Abramovich a transferir dinheiro da venda do Chelsea para Ucrânia
-
María Corina Machado já saiu de Oslo, anuncia fonte próxima
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e dá preferência à proposta da Netflix
-
Foguete Ariane 6 completa com sucesso lançamento de dois satélites Galileo
-
Putin diz que Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia 'sem nenhuma dúvida'
-
Geração perdida da Ucrânia vive aprisionada em um 'eterno lockdown'
-
Museu do Louvre reabre parcialmente, apesar da greve
-
AIE: consumo mundial de carvão vai bater novo recorde em 2025
-
Ex-chefe de polícia neozelandês condenado à prisão domiciliar por pedofilia
Primárias na Argentina, um aperitivo para as eleições presidenciais
Os argentinos vão escolher no próximo domingo seus candidatos à Presidência nas primárias, em uma antecipação das eleições de outubro, nas quais a situação peronista e a oposição de direita vão se enfrentar, além de um libertário antissistema que se coloca contra todos.
Confira três tópicos para entender as eleições PASO (Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias):
- O que esta votação decide? -
As primárias são realizadas na Argentina desde 2009. Mas este ano é a primeira vez em que os eleitores das coalizões mais importantes, a governista Unión por la Patria (União pela Pátria, peronistas) e a opositora Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança, centro-direita), deverão escolher entre dois aspirantes já que nas eleições anteriores disputaram com um candidato único.
No Unión por la Patria é tido como certo que o ministro da Economia, Sergio Massa, terá a indicação frente ao líder de movimentos sociais Juan Grabois.
Mas no Juntos por el Cambio, os analistas não arriscam um prognóstico entre o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, visto como moderado; e a ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich, que defende uma política de linha-dura.
"A grande incógnita é quem será escolhido entre Rodríguez Larreta e Bullrich. É uma eleição com final em aberto e esse resultado vai definir o novo cenário eleitoral", avalia o analista político Carlos Fara. "Massa vai ganhar sua eleição interna. Isso é importante para ele, mas não muda nada", acrescenta.
Como terceira força aparece o candidato libertário e de extrema direita Javier Milei, sem concorrente dentro de seu partido, o Libertad Avanza (Libedade Avança), mas para quem será vital obter uma alta votação que mostre seu peso.
As primárias também vão servir para escolher os candidatos às eleições parciais na Câmara de Deputados e no Senado, assim como para a prefeitura da capital e o governo da província de Buenos Aires.
- Como afeta a economia? -
Os argentinos vão votar em meio a um clima de deterioração econômica, com uma das taxas de inflação mais altas do mundo (115% em um ano) e uma pobreza que atinge 40% da população.
"A inflação é insustentável, mas não confio em ninguém para resolver um tema econômico desta proporção", diz à AFP Santiago Matos, estudante universitário de 18 anos.
A incerteza política se traduz em nervosismo nos mercados e se reflete na cotação do 'dólar blue', como é chamada a taxa de câmbio informal que esta semana ultrapassou a barreira psicológica dos 600 pesos por dólar, o dobro da oficial.
"Todos somos culpados. Não pode ser que vamos correndo comprar dólares. Os brasileiros, os paraguaios, ninguém usa outra moeda além da própria. Aqui até para orçar uma obra se usa o dólar como referência", comenta Carlos Reyes, eletricista de 66 anos.
A Argentina tem um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de 44 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 160 bilhões, em cotação da época), firmado em 2018 e renegociado em 2021.
Há duas semanas, Massa chegou a um entendimento com o FMI para flexibilizar as metas de acúmulo de reservas internacionais, que a diretoria do organismo ainda deve ratificar.
E todos se perguntam o que vai acontecer no dia seguinte à eleição.
"Uma alta votação da oposição, sinal de uma possível mudança de governo, poderia acalmar os mercados. Mas se o peronismo conseguir o primeiro lugar, vai haver uma sacudida forte", avalia Juan Negri, professor de Ciência Política na Universidade Torcuato di Tella.
- 40 anos de democracia -
As primárias deste ano abrem o processo eleitoral que marca os 40 anos desde a volta da democracia no país, o período mais longo da história da Argentina.
E embora a população valorize as liberdades democráticas, demonstra certo ceticismo em relação à capacidade de atender seus problemas cotidianos, segundo pesquisas de opinião.
"Na Argentina há uma recessão democrática ou desafeição cívica. Há vários anos se acentua o desinteresse pela própria eleição", diz a cientista política Paola Zubán, que antecipa uma participação eleitoral inferior à de quatro anos atrás (76%), apesar de o voto ser obrigatório no país.
"Há falta de entusiasmo. E nas primárias esperamos um voto muito visceral, emocional", afirma Zubán.
Após anos de polarização, que os argentinos chamam de "grieta" (racha), esta eleição será a primeira sem os ex-presidentes Cristina Kirchner e Mauricio Macri, figuras emblemáticas da aliança peronista e sua opositora, Juntos por el Cambio.
"Para mim, as lideranças tradicionais estão esgotadas. Este governo foi ruim e o anterior, também", resume José Consiglio, advogado de 42 anos.
H.Romero--AT