-
Norris supera Verstappen por pouco no 1º treino livre do GP de Abu Dhabi
-
Latam retira 169 passageiros de voo após incêndio perto de avião no aeroporto de Guarulhos
-
UE impõe multa de 120 milhões de euros à rede social X de Elon Musk
-
Putin continuará fornecendo petróleo à Índia, apesar da pressão dos EUA
-
Trump quer reajustar presença global dos Estados Unidos e aumentar predomínio na América Latina
-
CEO do Softbank diz que uma super-IA pode transformar humanos em 'peixes' ou vencer o Nobel
-
OpenAI anuncia acordo para construir centro de IA na Austrália
-
TikTok cumprirá proibição de redes sociais para menores de 16 anos na Austrália
-
Chuvas dificultam limpeza no Sri Lanka após inundações que atingiram vários países da Ásia
-
Venezuela isolada após suspensão de voos de companhias internacionais
-
Manchester United cede empate no fim contra o West Ham
-
Raphinha, um retorno para devolver a alma ao Barcelona
-
Líderes de Ruanda e RD Congo firmam acordo de paz em Washington
-
Lesionado, Antetokounmpo vai desfalcar Milwaukee Bucks de duas a quatro semanas
-
"O passado não importa", diz Thomas Müller, sobre reencontro com Messi na final da MLS
-
Lloris renova por um ano com Los Angeles FC
-
Time sensação da Ligue 1, Lens tenta manter liderança contra o Nantes
-
Preso suspeito em caso de bombas plantadas perto do Capitólio em 2021
-
Israel identifica cadáver do penúltimo refém que permanecia em Gaza
-
Fim de semana tem duelos no topo da tabela da Bundesliga
-
Norris descarta pedir ajuda a Piastri para superar Verstappen no decisivo GP de Abu Dhabi
-
Os diferentes cenários para o título mundial da Fórmula 1
-
Messi destaca "momento muito bom" do Inter Miami para final da MLS
-
Versace anuncia saída de diretor artístico Dario Vitale após menos de nove meses
-
Uso do Signal pelo secretário de Defesa pôs forças dos EUA em risco, diz inspetor do Pentágono
-
Putin tem 'responsabilidade moral' por envenenamento de britânica, diz investigação
-
Conselho de Segurança da ONU afirma estar disposto a apoiar Síria durante visita
-
Preso suspeito em caso de bombas plantadas perto do Capitólio em 2021 (imprensa)
-
Comissão insta Finlândia a reparar injustiças contra povo sami
-
McLaren contra 'Chucky' Verstappen em explosivo epílogo do Mundial de F1
-
Alexander-Arnold ficará afastado por cerca de dois meses devido a lesão na coxa
-
The New York Times processa Pentágono por violar direito à informação
-
Tudo o que é preciso saber sobre o sorteio da Copa do Mundo de 2026
-
Turnê 'Lux' de Rosalía chegará à América Latina em julho de 2026
-
Putin faz visita à Índia com defesa e comércio na agenda
-
Itália jogará semifinal da repescagem para Copa de 2026 contra Irlanda do Norte em Bérgamo
-
Empresas chinesas de óculos inteligentes buscam conquistar mercado mundial
-
UE abre investigação contra Meta por práticas contrárias à concorrência na IA do Whatsapp
-
Economia do Brasil avança no terceiro trimestre impulsionada pelo agro
-
Asfura, favorito de Trump, retoma vantagem nas presidenciais de Honduras
-
Possível intervenção militar dos EUA divide venezuelanos na Flórida
-
Copa do Mundo na América do Norte ganha ritmo com sorteio nos EUA
-
Dua Lipa seduz América Latina com samba, futebol e tacos
-
Copa do Mundo de 2026 já sente a mão firme de Trump, um anfitrião controverso
-
Investigação na Itália por exploração de trabalhadores chineses aponta para outros 13 gigantes do luxo
-
Casamento coletivo celebra rara cena de felicidade entre as ruínas de Gaza
-
Nintendo lança 'Metroid Prime 4', a esperada nova edição de sua saga de ficção científica
-
Indonésia e Sri Lanka em alerta por previsões de chuvas após inundações devastadoras
-
Macron pede ação da China sobre a guerra na Ucrânia e contra os desequilíbrios comerciais
-
Coreia do Sul confirma que seis cidadãos do país estão detidos na Coreia do Norte
Por que Noboa foi surpreendentemente derrotado em referendo no Equador?
Daniel Noboa queria reinstalar bases militares estrangeiras no Equador e redigir uma nova Constituição. Mas os equatorianos barraram de forma surpreendente a ambição de seu presidente de endurecer sua guerra contra o crime e reforçar a aliança com os Estados Unidos.
Embora as pesquisas projetassem uma vitória folgada de Noboa, reeleito em abril e próximo de Donald Trump, triunfou no referendo de domingo o desencanto e a rejeição a suas condutas consideradas autoritárias, segundo analistas e cidadãos.
O "não" se impôs nas quatro perguntas apresentadas na consulta, com percentuais que foram de 61% para a redação de uma nova Constituição a 53% para a redução à metade do número de congressistas.
As bases militares estrangeiras, proibidas desde 2008, foram rejeitadas por 61% dos eleitores e o fim do financiamento estatal aos partidos políticos por 58%.
A seguir, três pontos-chave da derrota eleitoral de Noboa:
- Decepção por insegurança -
Em 2024, Noboa colocou militares nas ruas e prisões, e aumentou os impostos para financiar sua guerra contra as gangues de narcotraficantes.
Agora pretendia fortalecer sua ofensiva com o apoio de Washington, que lançou uma campanha de bombardeios contra lanchas que acusa de transportarem drogas no Pacífico e no Caribe.
"Importa aos Estados Unidos se nossos filhos são roubados nas ruas? Eles não se importam", indicou à AFP Daniela Córdova, trabalhadora universitária que festejou o sucesso do "não".
A segurança do Equador "não depende de uma Constituição nem de bases" militares, acrescentou esta mulher de 44 anos.
Os equatorianos voltaram às urnas com a taxa de homicídios próxima de um novo recorde. O país fechará o ano com 52 assassinatos para cada 100 mil habitantes, segundo o Observatório do Crime Organizado.
"Não houve um único resultado. Na verdade, está piorando" a insegurança, indicou Andrés Delgado, um estudante universitário de 23 anos desiludido de Noboa.
O presidente chegou a se exibir a bordo de um tanque militar e com jaqueta de couro liderando operações enquanto soldados com fuzis rodeavam presos seminus e de joelhos.
"Não se pode militarizar sem ter programas de prevenção da criminalidade precoce ou até mesmo programas para fortalecer certas instituições" como a que investiga a lavagem de dinheiro, assegurou a especialista em segurança Michelle Maffei.
A derrota eleitoral "é um castigo" à "especulação, à pirotecnia, a uma comunicação grandiloquente que está absolutamente divorciada da realidade", comentou o cientista político Santiago Cahuasquí, da Universidade Hemisférios.
"A realidade concreta dos equatorianos é que vivem com medo", afirmou.
- 'Ímpeto autoritário' -
Carolina Jaramillo, porta-voz presidencial, assinalou nesta segunda-feira ao site La Posta que venceu no referendo "o medo profundo à mudança".
Noboa propôs redigir uma nova Carta Magna diante do freio imposto pela Corte Constitucional às leis que incluíam temas como a castração química de estupradores e a vigilância de cidadãos sem ordem judicial.
"Meu voto pelo 'não' foi um repúdio real ao governo por ser ditatorial, quer impor tudo a seu gosto", disse Ximena Martínez, uma vendedora de 29 anos do porto de Manta (sudoeste), onde Noboa pretendia reinstalar uma base militar americana.
E questionou: "Para que trazer de volta os militares dos Estados Unidos para Manta depois dos atropelos que eles cometeram aqui?"
Organizações de direitos humanos denunciam que a antiga base americana em Manta usava aviões para detectar barcos com drogas ou imigrantes para depois danificá-los ou afundá-los.
As pessoas "estão castigando esse ímpeto autoritário de Noboa", afirmou Cahuasquí.
O que aconteceu no domingo foi um "voto de avaliação" de sua gestão que começou em 2023 em meio a altos índices de violência, acrescentou.
- 'Repressão' a indígenas -
Os recentes protestos indígenas contra a eliminação do subsídio ao diesel também pesaram no resultado.
Em uma demonstração de força, Noboa enviou milhares de militares à província de Imbabura (norte) para conter indígenas que bloqueavam rodovias.
A consequência foi "justamente o enfraquecimento do governo nas províncias onde tinha uma base eleitoral que lhe permitiu o triunfo" na reeleição deste ano, opinou Cahuasquí.
Em Imbabura, os resultados "são demolidores" para o presidente, acrescentou. Até 70% do eleitorado votou pelo "não".
Norma Navarro, uma aposentada de Quito de 73 anos que batia em uma panela nas comemorações pelo revés de Noboa, afirmou que decidiu votar contra após "a brutal repressão ao povo indígena" durante as manifestações, que deixaram pelo menos dois mortos.
"Isso foi o que mais me machucou", disse.
Y.Baker--AT